As Tuas Dores
Fala-me do teu esfinge
O teu silêncio é um distúrbio
indesmentível
Do teu ser indolente
Arregaçado nas rugas do teu rosto
Teus passos de aritmia
Te desobstruem de caminhar
direito
Teu olhar entristecido
Roga um futuro enfraquecido
No cais da vida amedrontada
Gritos surdos saem da tua voz
Que ninguém ouve
Fazem do rio uma foz
Teu corpo empalidado
De pele desidratada
Nas vivências de amparo
Bengalam mil passos largos-curtos
Indigente, tens olhos engotados
Retratam a tua meninice
Que é indizível
Quem se contempla com a tua dor
Sabe da tua proeza
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