O Prostíbulo - Parte II

outubro 16, 2019


Para não me sentir só, pensei em voltar com a Lindsey, mas hesitei por pensar na maneira como ela foi imprudente com o meu coração. Também só iria usá-la como payback (pagar pela mesma moeda) daquilo que ela me fez passar, e isso não seria amor mas sabotagem aos seus sentimentos.
Acredito que a vida não dá melhores risos para mim. Ela me dá dinheiro, carros luxuosos, sucesso e fama, mas não me cede um amor eterno para que eu possa me sentir verdadeiramente humano e digno de estar com uma mulher que, não me troque por outro cara, e nem me abandonar. Não sei se é a regra, geralmente os homens sucedidos economicamente, têm pouca sorte sentimentalmente, e se a têm, não têm tempo para irrigá-la.

Certa vez, estive em uma reunião de negócios na empresa, um departamento da empresa encontrava-se em um estado crítico e precisávamos de uma outra empresa para cuidar disso. A empresa contratada cedeu-nos óptimos funcionários, dos quais incluía uma Muller. Ela era sexy e fascinante no seu andar. Passava horas no escritório observando-a e, certo dia, decidi procurá-la em privado para ver se me daria sorte no amor desta vez. Pedi-a para sair caso não tinha nenhum outro compromisso às 7 da noite. Ela concordou e lá fomos nós. As nossas conversas foram levemente superficiais, falou-me que era formada em contabilidade e que era muito calculista nos relacionamentos na ideia de se prevenir de meras ilusões sentimentalistas. Um dos seus medos era amar e não ser correspondida. Seus relacionamentos não chegaram a ser sérios, apenas ficantes devido ao trabalho e à sua rigorosidade.

A perguntei porquê ficante? Respondeu dizendo que era melhor não ter compromissos sérios para evitar stress e pressão: trabalho vs casamento ou marido, essas são as coisas que a amedrontavam. E me fez entender que estava carente já há bastante tempo, desse modo a sugerí que ficássemos juntos e não misturar sentimentos porque ela, a dada altura, teria que voltar à sua terra, para a empresa na qual trabalha. Concordou, mas advertiu para que não a fizesse se apaixonar porque em nalgum momento isso iria acontecer. Concordei e fomos nos conhecendo melhor enquanto trabalha na empresa na qual sou o proprietário.
O contracto era de seis meses, esses meses foram bem vividos com a Viviane. Após os seis meses de contracto ela regressou à sua terra e outra vez outra fascinante mulher se indo embora. 
Devido a estas circunstâncias, pensei comigo mesmo: estou a gastar muito o meu coração e nem vejo ganho algum com isso. Decidi então passar a gastar o meu bolso. Preferí passar a frequentar os prostíbulos e bordéis, ou melhor contratar as mulheres do prostibulo para me darem os seus serviços e em troca, pagar-lhes. 
 Desprendi-me da procura de um amor e simplesmente passar a viver a vida como ela quer que seja vivida. Nesses lances e reboques de variáveis mulheres em diferentes sítios privados, comparei a minha vida com a de Valere (personagem do Diário de una Nínfamana), um filme de romance em que ela conhece muitos homens. Dos homens que se apaixonou só ganhou dor e decepção. 
 A minha vida passou a ser diferente desde que me abdiquei de compromissos sérios e simplesmente cheirar a vida, me comunicar através de diferentes corpos, explorar as diferentes sensações que a vida pode dar. Se não encontro amor, vou enterrando a minha solidão nos sovacos dos prostibulos.

Leia o Primeiro Capitulo  AQUI



 

Sem comentários:

Com tecnologia do Blogger.