O Prostibulo - Parte I

outubro 16, 2019

O Prostíbulo
Parte I
Na minha vida amorosa fui um homem dedicado e fiel às minhas parceiras que já embarcaram neste barco. Para algumas, com as quais troquei carícias ocasionalmente, era impossível ser assíduo em todos aspectos da vida. Acrescentando que numa e outra coisa somos bons, mas em uma sempre seremos péssimos. Eu próprio não me alinhei a esse pensamento. Acreditava na minha determinação e no meu cavalheirismo que podia, na verdade, manter as minhas relações sérias até ao último suspiro da vida.

Sempre fui um homem certinho, que chega cedo em casa, aos sábados com a namorada e aos domingos visitar os amigos e passear depois da Igreja. A vida era mil maravilhas até um certo ponto. A minha primeira namorada, a Lindsey,  era genial e elegante, a cada passo na rua muitos corriam atrás, pedindo seu whatsapp, fazendo-lhe promessas, até que certo dia caiu em tentações e assim feriu-me o coração deixando-me só.

Já estávamos juntos a mais ou menos nove meses, já tinhámos compromissos e sonhos tudo escrito no papel, mas a vida decidiu e ela se foi. O que sobejava dela em mim eram as suas memórias. Perder a Lindsey me fez virar um alcoólatra e consumidor activo de drogas pensando que ia aliviar a dor que ela me causou. Apesar da dor que esfalva o amor que tinha por ela, segui em diante.

Já era final do ano quando uma luz se libertou diante dos meus olhos e conheci a Shantel, uma sábia e elegante mulher. Suas raízes remontam a uma família culta e de renome durante as gerações que já fazem do passado. Eu e a Shontel saímos a um jantar, ela trajava-se de um robe vermelho que se hamonizava ao batom dos lábios. No pescoço um colar de pérolas que complentava a sua nobreza. Chegados ao hotel, a entrada tinha um red carpet, que de seguida a cada passo que ela dava, o tapete tornava-se em passarela e aos lados encontravam-se os fotogragos para as sessão de fotos da mulher mais “gata” da noite.

Chegados à mesa encomendada, derretemo-nos às conversas sobre várias temáticas desde política, literatura, música, mitologia, cultura e gastronomia. A conversa ficou animada e que terminámos falando das relações, que na verdade, não foram das melhores. Enxugámo-nos as lágrimas em um beijo caloroso e romântico. Findo o jantar, pomo-nos a andar, passeamos a vários lugares naquela noite, fizemos cismas feito loucos até que fomos juntos ao meu apartamento. A noite foi maravilhosa com a Shantel. No dia seguinte ela saiu às pressas, pois tinha uma reunião no seu local de serviço. Despediu-me e pô-se a caminhar.

Nossa! Falei comigo mesmo: a Shontel é demais. Acordei, fiz a cama e me arrumei ao serviço. Dia todo no escritório, trocando e-mails com a Shantel. Findo o dia de trabalho, de novo juntos, com a mesma rotina, mas desta vez passamos a noite numa praia. A relação estava boa, acho eu.
Certo dia, ela veio e disse que tinha que voltar a Paris, junto à sua família e continuar com os seus estudos. Não pude a impedir, apesar de não saber quando irei vê-la novamente. Em todo caso, ela prometeu enviar-me e-mails sempre que possível. Trocámos e-mails por um tempo até que a comunicação foi ficando cada vez mais distante Mais uma mulher saiu da minha vida!
Enquanto estava com a Shantel, a relação da Lindsey não era das boas. Ligava-me pedindo desculpas por ter me magoado muito, e que não soube valorizar o pouco que nos unia. Contou-me que o actual namorado o batia constamente, não lhe dava mais atenção como nos primeiros. “Estou arrependida, se pudesse voltaria ao tempo” assim falou a Lindsey. Bem, sofri com a partida da Shantel, mais uma partícula de mim apartou-se de mim.

Aguade a proxima parte.
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