O Prostibulo - Parte I
Parte
I
Na minha vida amorosa fui um
homem dedicado e fiel às minhas parceiras que já embarcaram neste barco. Para algumas,
com as quais troquei carícias ocasionalmente, era impossível ser assíduo em
todos aspectos da vida. Acrescentando que numa e outra coisa somos bons, mas em
uma sempre seremos péssimos. Eu próprio não me alinhei a esse pensamento. Acreditava
na minha determinação e no meu cavalheirismo que podia, na verdade, manter as
minhas relações sérias até ao último suspiro da vida.
Sempre fui um homem certinho, que
chega cedo em casa, aos sábados com a namorada e aos domingos visitar os amigos
e passear depois da Igreja. A vida era mil maravilhas até um certo ponto. A minha
primeira namorada, a Lindsey, era genial
e elegante, a cada passo na rua muitos corriam atrás, pedindo seu whatsapp,
fazendo-lhe promessas, até que certo dia caiu em tentações e assim feriu-me o
coração deixando-me só.
Já estávamos juntos a mais ou
menos nove meses, já tinhámos compromissos e sonhos tudo escrito no papel, mas
a vida decidiu e ela se foi. O que sobejava dela em mim eram as suas memórias. Perder
a Lindsey me fez virar um alcoólatra e consumidor activo de drogas pensando que
ia aliviar a dor que ela me causou. Apesar da dor que esfalva o amor que tinha
por ela, segui em diante.
Já era final do ano quando uma
luz se libertou diante dos meus olhos e conheci a Shantel, uma sábia e elegante
mulher. Suas raízes remontam a uma família culta e de renome durante as
gerações que já fazem do passado. Eu e a Shontel saímos a um jantar, ela trajava-se
de um robe vermelho que se hamonizava ao batom dos lábios. No pescoço um colar
de pérolas que complentava a sua nobreza. Chegados ao hotel, a entrada tinha um
red carpet, que de seguida a cada passo que ela dava, o tapete tornava-se em
passarela e aos lados encontravam-se os fotogragos para as sessão de fotos da
mulher mais “gata” da noite.
Chegados à mesa encomendada,
derretemo-nos às conversas sobre várias temáticas desde política, literatura,
música, mitologia, cultura e gastronomia. A conversa ficou animada e que
terminámos falando das relações, que na verdade, não foram das melhores. Enxugámo-nos
as lágrimas em um beijo caloroso e romântico. Findo o jantar, pomo-nos a andar,
passeamos a vários lugares naquela noite, fizemos cismas feito loucos até que
fomos juntos ao meu apartamento. A noite foi maravilhosa com a Shantel. No dia
seguinte ela saiu às pressas, pois tinha uma reunião no seu local de serviço. Despediu-me
e pô-se a caminhar.
Nossa! Falei comigo mesmo: a
Shontel é demais. Acordei, fiz a cama e me arrumei ao serviço. Dia todo no
escritório, trocando e-mails com a Shantel. Findo o dia de trabalho, de novo
juntos, com a mesma rotina, mas desta vez passamos a noite numa praia. A relação
estava boa, acho eu.
Certo dia, ela veio e disse que
tinha que voltar a Paris, junto à sua família e continuar com os seus estudos. Não
pude a impedir, apesar de não saber quando irei vê-la novamente. Em todo caso,
ela prometeu enviar-me e-mails sempre que possível. Trocámos e-mails por um
tempo até que a comunicação foi ficando cada vez mais distante Mais uma mulher saiu da minha
vida!
Enquanto estava com a Shantel, a
relação da Lindsey não era das boas. Ligava-me pedindo desculpas por ter me
magoado muito, e que não soube valorizar o pouco que nos unia. Contou-me que o
actual namorado o batia constamente, não lhe dava mais atenção como nos
primeiros. “Estou arrependida, se pudesse voltaria ao tempo” assim falou a
Lindsey. Bem, sofri com a partida da Shantel,
mais uma partícula de mim apartou-se de mim.
Aguade a proxima parte.
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