A Carta

outubro 20, 2018

A Carta
Cordiais Saudações
Querida Paula dos Santos, como vai de saúde?
Cá deste lado estou bem e nada mal. Apenas decidi escrever-lhe para partilhar consigo o seguinte:
Hoje lembrei-me de si como nunca, não que não me lembre noutros dias, mas por ser o dia que mais tocou o meu coração ao pensar nos bons momentos que juntos presenciamos e vivemos.

Não quero criar mas intenções ao seu novo relacionamento e muito menos nele interferir, espero que bem me entenda. Apenas quero lhe levar nesta pequena embarcação de lembranças e juntos viajarmos nela como nos velhos tempos que correram. Ora reviver o que nos lapidou ate conhecermos o verdadeiro sentido de um amor puro e de estar acompanhado.

Que não nos lembremos de momentos tristes, pois não me calam a alma ao pensar nas vezes que discutíamos e chorávamos pelo mesmo motivo: Magoar-nos sem motivos!
Ah, e olha que ainda tenho todos os presentes que de si ganhei nos aniversários, dias de São Valentim e de Felicitações no fim de cada curso de formação profissional. São esses presentes que me consolaram nos momentos tristes e quando mais precisei do seu carinho.

Está lembrada daquela vez que quase íamos pernoitar na Esquadra, em Porto, por desacato à autoridade? Mas tivemos tanta sorte, pois o seu primo, o Álvaro dos Santos, era o Comandante daquele posto Policial. Os lugares que juntos frequentávamos vivem no meu quotidiano e é como se fosse um ontem recente.
Depois da nossa separação, fiquei um ano sem nenhum compromisso por ainda lhe guardar no meu mais sublime coração...pernoitava a choramingar pensando no que terá acontecido connosco. As respostas se desenhavam e desencadeavam às marcas das lágrimas em meu semblante.

Foi difícil superar e começar uma nova vida sem você, ao lado de uma outra pessoa que não tem nada a ver consigo, completamente diferente de si. Aprendi a amar de novo, apesar da dor que em mim que não se curava, só se prorrogava toda vez que estivesse a pensar em si. No meio da dor encontrei um novo começo, ganhei novas asas em outra companhia: Sou pai de um filho e ele se chama Álvaro Borges.
E você? Como tem estado nestes últimos anos que já se perfazem um total de cinco anos sem a gente se ver ou, por ventura, se encontrar nos sovacos da cidade de Porto.
Pacientemente aguardo para ouvir novidades suas.
Aquele Forte Abraço do seu ex...

Jonathan Rui Borges

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